Biden disse que espera continuar trabalhando com o presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva, que derrotou Bolsonaro na eleição mais tensa em uma geração no ano passado.
“Condeno o ataque à democracia e à transferência pacífica de poder no Brasil. As instituições democráticas do Brasil têm todo o nosso apoio e a vontade do povo brasileiro não deve ser prejudicada”, disse Biden no Twitter.
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Mais cedo no domingo, Biden disse que a situação no Brasil era “ultrajante”.
A violência ecoou a invasão do Capitólio dos Estados Unidos há dois anos por partidários do ex-presidente Donald Trump.
A visão de milhares de manifestantes vestidos de amarelo e verde se rebelando na capital culminou meses de tensão após a votação no Brasil em 30 de outubro. Bolsonaro, um acólito de Trump que ainda não admitiu a derrota, divulgou a falsa alegação de que o sistema de votação eletrônica do Brasil era propenso a fraudes, gerando um movimento violento de negadores das eleições.
“Condeno este ataque ultrajante aos prédios do governo do #Brasil incitado pelo demagogo Bolsonaro desrespeito imprudente pelos princípios democráticos”, disse o senador americano Bob Menendez, presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado, no Twitter.
“2 anos desde 6 de janeiro, o legado de Trump continua a envenenar nosso hemisfério. Proteger a democracia e responsabilizar os atores malignos é essencial.”
Bolsonaro voou para a Flórida 48 horas antes do fim do mandato e faltou à posse de Lula.
Representante Joaquim Castroum democrata no Comitê de Relações Exteriores da Câmara, disse à CNN que Bolsonaro “basicamente usou o manual de Trump para inspirar terroristas domésticos a tentar assumir o governo” e “é um homem perigoso”.
“Os Estados Unidos não devem ser um refúgio para esse autoritário que inspirou o terrorismo doméstico no Brasil”, disse Castro. “Ele deveria ser mandado de volta ao Brasil.”